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quarta-feira, 27 de julho de 2011

LUTA! ESSE É O CAMINHO....

Estudantes chilenos completam uma semana em greve de fome ´

Associated Press | Associated Press 26/07/2011 18:29

SANTIAGO – Vinte e nove estudantes secundaristas chilenos completaram uma semana em greve de fome, iniciada com objetivo de chamar a atenção do público à falta de resposta do governo as suas demandas por melhorias no sistema de educação do país. Surpreendentemente, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, convocou todos os setores políticos para resolver o conflito estudantil. A convocação foi feita depois que a oposição de centro-esquerda pediu a Piñera para analisar junto ao ministro de Educação suas propostas para resolver a prolongada disputa. “Vou convidar os presidentes de todos os partidos políticos para nos reunirmos amanhã mesmo (quarta-feira), na primeira hora, para que esta força que se manifestou através dos estudantes... seja canalizado para produzir resultados”, disse Piñera. Na segunda-feira, ao serem reprimidos pela política pela tentativa de ocupar a sede da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), os líderes estudantis ameaçaram radicalizar seus protestos, iniciados há mais de um mês e que mantêm ocupados e paralisados dezenas de escolas do ensino municipal. Os estudantes em greve de fome pertencem a diversas escolas de Santiago e do interior do país e iniciaram seu protesto para exigir melhorias na educação, retirar a administração das escolas dos municípios e passe escolar gratuito durante o ano todo. Porém, suas exigências não têm sido acolhidas pelo governo. Os estudantes secundaristas iniciaram sua mobilização simultaneamente com os universitários, que exigem o fim do lucro na educação. Ambos os setores, junto com a associação dos professores, que aderiu aos protestos, já realizaram grandes manifestações nas rus da capital e também nas províncias. Há oito dias, o presidente Piñera demitiu o ministro da Educação, Joaquín Lavín, que tinha conseguido apenas diálogos pouco frutíferos com os estudantes. Lavín apenas alcançou os princípios de um acordo com os reitores universitários, a quem informou do plano de Piñera de acabar com os protestos destinando US$ 4 bilhões a mais para a educação, mas sem detalhes sobre a forma e o cronograma para investimento desses recursos. Para ocupar a pasta da Educação, Piñera nomeou o então ministro da Justiça Felipe Bulnes, que ganhou respeito da oposição pelo seu estilo aberto ao diálogo. Bulnes deve se reunir nesta quarta-feira com os líderes estudantis universitário, que realizaram uma assembleia no final de semana para analisar as propostas dos reitores para acabar com as paralisações. A confederação dos Estudantes do Chile (Confech), que reúne estudantes das 25 principais universidades chilenas, divulgou uma nota rejeitando o fim das paralisações e reafirmou que a situação dependerá “das soluções que serão propostas pelo governo”. O novo ministro da Educação também vai se reunir na quinta-feira com os líderes dos estudantes secundaristas. Bulnes pretende convencer os secundaristas a suspenderem a greve diante do risco de perderem o ano letivo. Essa preocupação fez com que o número de escolas paradas caísse de 200 para 70 nos últimos dias, segundo informes do governo chileno. Porém, nas universidades, a paralisação persiste em 24 das 25 principais estabelecimentos de ensino superior. Líderes estudantis e professores exigem um diálogo conjunto com o ministro para abordar os problemas do setor.

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